quinta-feira, 2 de outubro de 2008

olho de peixe (Lenine)



olho de peixe
Lenine

Permanentemente preso ao presente
O homem na redoma de vidro
São raros instantes de alívio e deleite
Ele descobre o véu que esconde o desconhecido

E é como uma tomada à distância numa grande angular
É como se nunca estivesse existido dúvida

Evidentemente a mente é como um baú
E o homem decide o que nele guardar
Mas a razão prevalece e impõe seus limites
E ele se permite esquecer de lembrar

É como se passasse a vida inteira eternizando a miragem
É como o capuz negro que cega o falcão selvagem

Se na cabeça do homem tem um porão
Onde moram o instinto e a repressão
Diz aí o que é que tem no sótão? o que é que tem no sótão? o que é que tem no sótão..?

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