sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Reciclagem, reaproveitamento e redução de lixo

Separar materiais para a reciclagem não é suficiente, é preciso produzir menos lixo. Veja aqui algumas dicas

Quanto tempo seria preciso para encher de lixo 16.400 caminhões enfileirados de São Paulo ao Rio de Janeiro? Um ano? Um mês? Muito menos. Segundo o Instituto Akatu, o Brasil produz atualmente 115 mil toneladas de lixo por dia. Isso quer dizer que nossos caminhões estariam cheios em apenas 72 horas.
Grande parte do material que jogamos nos lixões das cidades são papéis, plásticos, vidros e metais que podem ser reciclados. Além de colaborar com a limpeza do meio-ambiente, a reciclagem economiza recursos naturais e energia.

PETs e alumínio
Cada lata de alumínio reciclada, por exemplo, economiza energia elétrica suficiente para manter uma lâmpada de 60 watts acesa por quatro horas, segundo dados do Instituto Akatu. E a reciclagem de 100 toneladas de plástico evita o uso de 1 tonelada de petróleo.

Mas apenas a reciclagem não basta. Garrafas do tipo PET, quando são recicladas, dão origem a outros materiais como solados de sapato, roupas e até bichos de pelúcia. Porém, a demanda por estes produtos é bem inferior a demanda por garrafas, ou seja, muitas delas ainda iriam para o lixo.

Os três Rs: reduzir, reutilizar e reciclar
Por este motivo, o mais indicado para colaborar com a limpeza e preservação do meio-ambiente é seguir a didática conhecida como 3 Rs: reduzir a quantidade de lixo produzido, reutilizar os produtos e daí reciclar materiais.

Dicas para você aplicar no dia-a-dia
A redução de resíduos começa antes de fazer as compras. A primeira dica é observar quanto lixo um produto produz antes mesmo de levá-lo para casa e, então, escolher aquele que é menos poluente.

É bom evitar os que possuem embalagens descartáveis, como legumes e frutas na bandeja de isopor coberta por plástico PVC, por exemplo. Elas podem até parecer mais modernas e higiênicas, mas gera lixo desnecessário.

Outro exemplo que gera muitos resíduos são os alimentos de fast-food. Após comer o lanche você joga fora a caixinha do sanduíche, da batata, o copo descartável, o canudo e a embalagem de papel do canudo. Sem contar os saches de ketchup e mostarda.

Dê preferência a pratos, xícaras, copos e talheres de materiais duráveis em vez dos descartáveis. Além disso, as embalagens de vidro ou metais podem ser reutilizadas para outras funções, como guardar objetos.

Outra forma de evitar o desperdício é imprimir apenas o que for realmente necessário. Pode-se, ainda, usar o verso de impressões antigas como bloco de rascunho ou imprimir nos dois lados da folha.

O plástico pode ficar no meio-ambiente por até 500 anos até se decompor. Por isso, no supermercado, as as sacolinhas plásticas devem perder espaço para outras não-descartáveis, como as que são usadas em feiras livres. O acúmulo desses sacos poluem rios e podem até matar animais aquático sufocados.

O desperdício de alimentos também deve ser evitado. É possível aproveitar muitos alimentos integralmente, como fazer suco da casca do abacaxi e utilizar talos de verduras para encrementar tortas e sopas. Veja algumas dicas aqui.

Lixo no lugar certo
Pilhas e baterias de celular não podem ser jogadas no lixo comum. Esses materiais contém substâncias tóxicas que, no solo, contaminam os lençóis subterrâneos de água. O ideal é levá-las até um depósito apropriado.

O óleo que usamos na cozinha também não deve ser despejado na pia ou no ralo. Um litro de óleo pode contaminar cerca de 1 milhão de litros de água. Por este motivo, o ideal é colocar este material numa garrafa plástica antes de jogá-lo no lixo.

É importante lembrar que o óleo ainda é muito utilizado para fabricar sabão e sabonete caseiros. Esse pode ser o destino do seu óleo, caso conheça algum local que realize este trabalho.

Não esqueça da reciclagem
Claro que os materiais que sobram têm que ser reciclado. Separe-os por tipo e procure a coleta seletiva mais próxima da sua casa.

É bom lembrar que o símbolo de reciclagem nas embalagens quer dizer que aquele material tem potencial para ser reciclado e não que ele é mais ecológico do que outro similar. Por isso, fique atento na hora de fazer suas compras.

Por Redação Yahoo! Notícias
Hellen Haga

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