terça-feira, 7 de agosto de 2007

est.ética

Parafraseando (o cineasta brasileiro dito revolucionário) Gláuber Rocha, "estética é também ética". Assim ele diz que a opção estética/formal/de produção escolhida reflete a proposta/intenção do produtor/criador da obra.

Quando digo "dito revolucionário" não quero negar a proposta diferencial que ele pregou (em teoria e prática). Apenas questiono o excesso de glamour em cima do cara, a ponto de uma pessoa que não goste de seus filmes seja considerado um leigo ou hollywoodiano! Não sou eu quem há de negar a importância de Gláuber e outros envolvidos com o Cinema Novo brasileiro (e mundial) em uma tentativa de ruptura com os métodos padrão de produção cinematográfica - além de conteúdos um tanto mais intelectuais -, nem nega-se que nós que estamos acostumados com o cinema hiper-dinâmico temos dificuldade em abssorver toda essa proposta.

Independente dessa questão - que é longa e não disponho de base para falar com segurança -, o importante é a gente refletir sobre essa questão. O que fazemos é reflexo de nós mesmos: uma câmera na mão pode significar uma ruptura com os padrões de produção cinematográfica de uma época; um bilhetinho com um desenhinho simples pode significar consideração e carinho. "est.ética: estética é também ética". T'aí, gostei dessa! É interessante como a forma influencia o conteúdo. Preocupação estética é sim necessária, só não podemos inverter a ordem, favorecê-la em detrimento do conteúdo. Diga-me o que fazes e como, que te direi quem és.

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